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Forthing S7: conforto minimalista que só peca pela autonomia

Chama-se S7 e é o primeiro ponta de lança com que a Forthing ataca o mercado nacional na linha das berlinas executivas 100% eléctricas.

Apontada ao segmento premium, esta proposta coupé em formato fastback define-se pelas linhas profundamente aerodinâmicas.

A bordo é o minimalismo a evidenciar-se hum habitáculo muito limpo e com acabamentos próprios dum carro de categoria superior.

Elegância futurista

É mais uma marca chinesa a entrar nosso país: chama-se Forthing a insígnia do conglomerado Dongfeng Motor, com a distribuição a ser assegurada pela Solmotor, que integra o Grupo Auto Industrial.

E são elevadas as ambições para este S7 eléctrico revelado na última semana, numa primeira fase de lançamento que também inclui os modelos U-Tour e Friday.

Essa filosofia está patente no desenho da berlina coupé com 4,93 metros de comprimento, definido por linhas fluidas a confirmar o mais baixo coeficiente aerodinâmico do mercado com os seus Cx 0,191.

Para este número são decisivos a dianteira fechada, para reduzir a turbulência, nos puxadores retrácteis das portas e nas jantes de 19 polegadas, projectadas para melhorar a eficiência do fluxo de ar.

A linha descendente do tejadilho, a partir do pilar B, contribui para a redução do atrito, a que soma a pequena asa integrada na porta da bagageira, a confirmar o seu conceito fastback.

Espaço e conforto

A bordo, é o espaço generoso que confirma o estatuto de berlina executiva, graças aos 2,92 metros que separam ambos os eixos, e à bagageira de 398 litros, sem esquecer o frunk com 50 litros de capacidade.

A confirmar os acabamentos premium, com revestimentos em pele vegan escura ou clara, os bancos à frente dispõem de regulação eléctrica com funções de aquecimento e refrigeração.

Todas as funções do "eléctrico" são comandadas no ecrã de infoentretenimento de 14,6 polegadas, alinhado com o de instrumentação de 8,8 polegadas.

E, a assegurar um interior luminoso está o tejadilho panorâmico de série a todo o comprimento do habitáculo.

Apoios à condução completos

Tecnologicamente evoluído, o S7 agrupo um conjunto abrangente de sistemas de apoio à condução, patente na velocidade de cruzeiro adaptativa com manutenção de faixa,

E, não sendo um carro nada pequeno para circular na cidade, pode contar-se com câmaras e sensores a 360 graus nas manobras mais complexas a baixa velocidade, sem esquecer as de estacionamento.

Já o sistema de infoentretenimento de última geração, compatível com Apple CarPlay e Android Auto, permite aceder a diversas aplicações e serviços digitais, como já é comum nos principais concorrentes.

209 cv que parecem mais

Face a esses mesmos rivais, e ao contrário do que seria expectável, o Forthing S7 descarta a potência extrema que as motorizações eléctricas proporcionam, optando antes pelo desempenho eficiente.

Essa ideia está patente nos 154 kW (209 cv) e 310 Nm do propulsor, conseguindo a "corrida" dos zero aos 100 km/hora em apenas 6,8 segundos para uma velocidade máxima de 165 km/hora.

Menos vulgar é a capacidade da bateria LFP para uma berlina deste gabarito, com 56,8 kWh para 420 quilómetros de autonomia num consumo combinado de 15,8 kWh, que chega aos 581 no tráfego urbano.

Esta opção, no entanto, permite manter o peso nos 1.805 quilos, com o recarregamento de 30 a 80% do acumulador a 120 kW DC a fazer-se em 25 minutos.

Não procure pelos botões

E na estrada ou na cidade, como é que se porta este Forthing S7? Nada mal para quem faz da condução quotidiana um verdadeiro prazer.

A confirmar de que se trará dum "eléctrico" distinto está a estética vanguardista: pode não ser do agrado dos condutores mais conservadores, é certo, mas dá-lhe uma forte personalidade na estrada e na cidade.

O ambiente minimalista muito sofisticado prossegue a bordo mas, distracções à parte, é a ausência dos botões que logo salta à vista.

Pois, como nos "eléctricos" da Tesla, todos os comandos estão no ecrã multimédia, o que não facilita o acesso durante as viagens; escapam apenas aqueles que estão no volante.

Um prazer ao volante

As primeiras voltas confirmam uma boa qualidade de condução, sempre bem apoiadas pelos vários apoios ao condutor, mais essenciais no meio do tráfego urbano face às dimensões nada compactas da berlina.

Os 209 cv de tracção traseira, só disponíveis no modo Sport como é usual, parecem poucos mas aliados aos 1.805 quilos que o carro pesa em vazio, parecem mais do que suficientes para o dia a dia.

A travagem é potente e duradoura numa condução mais tranquila do que desportiva, e o amortecimento é suave quanto baste, mesmo em pisos mais degradados.

Os movimentos laterais estão bem controlados, face aos quase 5 metros que tem de comprimento mas nada há a recear: a direcção é precisa e a suspensão está bem presente em curvas mais difíceis.

Uma sensação que quase passa despercebida no meio do tráfego citadino, já que só em casos muito particulares é possível apreciar as qualidades dinâmicas da berlina.

As grandes viagens em auto-estrada parecem, por isso, ser o cenário ideal para ela mas a autonomia até 420 quilómetros que a bateria de 56,8 kWh lhe dá parecem ser demasiado curtos para essa tarefa.

Mesmo com esta condicionante, não é nada difícil gostar deste Forthing S7 face à boa construção e aos acabamentos premium, bem complementados por tecnologias evoluídas.

Dinâmico quanto baste, tem nos 43 mil euros que custa outro dos seus trunfos, a que se soma a garantia de oito anos (ou 160 mil quilómetros) para a bateria de tracção com um "estado de saúde" até 75%.

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