Hyundai Tucson actualiza-se sem perder espírito de família: primeiras impressões ao volante

A estreia aconteceu em Novembro do ano passado mas só agora chega aos escaparates nacionais o renovado Hyundai Tucson, apostado em manter a linha de sucesso que conquistou desde o primeiro momento.

E é nesse sentido que guarda uma gama de grupos motopropulsores já presente no antecessor, com versões puramente a gasolina e a gasóleo, com ou sem hibridação de 48 volts, mas também 100% híbridas, e híbridas plug-in.

A novidade absoluta está na introdução duma variante híbrida de "ligar à ficha" apenas com tracção dianteira, a somar à já existente com quatro rodas motrizes.

Pelas mão do Aquela Máquina passou a variante de 160 cv e 265 Nm que dá entrada à gama, apoiado num bloco T-GDi de 1.6 litros sem qualquer electrificação para além da função stop & go.

As encomendas para o SUV já estão abertas, assim como estão definidos os preços de cada versão, com a entrada na gama a fazer-se a partir dos 35.180 euros.

Discreto por fora…

Não é muito nítida por fora a evolução do "novo" Hyundai Tucson, apenas patentes nas luzes paramétricas ocultas e nos gráficos detalhados da grelha, que são mais finos e angulares.

Soma-se um novo pára-choques frontal a reforçar-lhe a postura robusta na estrada enquanto atrás as principais diferenças estão na placa de protecção no pára-choques, agora mais larga para um visual mais forte.

A bordo percebe-se uma evolução bem mais consistente neste SUV com 4,51 metros de comprimento, definido por um amplo espaço a bordo que lhe confere os 2,68 metros que separam os dois eixos.

Dependendo da motorização, pode contar-se com uma bagageira até 620 litros de capacidade, que pode subir até aos 1.799 litros com os bancos rebatidos.

O interior cuidado eleva a percepção de qualidade e conforto, à conta dos estofos e dos revestimentos, mas é no plano tecnológico que melhor se percebe a evolução do Tucson.

… mas recheado de tecnologia…

No tabliê completamente redesenhado assentam o painel de instrumentos e o ecrã táctil multimédia, ambos de 12,3 polegadas, com este último a dispor do mais recente Connected Car Navigation para o infoentretenimento.

Os comandos de climatização e as saídas de ventilação estão agora colocados num plano inferior, enquanto o selector de marchas montado na coluna de direcção permitiu libertar espaço na consola central.

Os apoios ao condutor de última geração incluem a travagem autónoma de emergência com assistência em cruzamentos, e manutenção e alerta da saída de faixa.

Somam-se ainda a assistência em auto-estrada, assim como o cruise control inteligente em curva, usando os dados do sistema de navegação para uma condução ainda mais segura.

Sistema de informação da velocidade máxima, radar e monitorização de ângulo morto, e sistema remoto de estacionamento automático são outros sistemas integrados no SUV.

… e já o levámos para a estrada

Se brilha no visual e na qualidade de construção, na estrada este Hyundai Tucson mostra-se menos dinâmico do que seria de esperar, pelo menos nesta variante T-GDi a gasolina de 1.6 litros que dá entrada à gama.

Os 160 cv e 265 Nm fazem dele uma proposta mais plácida do que desportiva no curto ensaio feito pelo Aquela Máquina, mas logo ressaltado pelo bom equilíbrio no uso diário na cidade ou na estrada.

A caixa manual de dupla embraiagem com seis relações é precisa quanto baste para desembaraçar-se no trânsito urbano, com as acelerações curtas a darem-lhe um dinamismo razoável.

Nada de anormal num carro que de desempenho desportivo nada tem, como confirmam os quase dez segundos que demora a chegar aos 100 km/hora para uma velocidade máxima tabelada nos 194 km/hora.

Em estrada aberta domina o conforto a bordo, com poucas perturbações no equilíbrio em estradas mais complexas, embora se perceba de imediato que esse não é propriamente o seu terreno favorito.

A transmissão manual é precisa nas passagens de relação, evitando que o motor entre demasiado em esforço, mas é inegável o ruído a regimes mais elevados, mesmo se o isolamento acústico é de bom nível.

A direcção incisiva e um pouco mais ligeira também contribui para uma condução mais agradável, bem suportada por uma suspensão equilibrada que privilegia o conforto.

Os consumos não são tão frugais como se poderia esperar mas, mesmo assim, estão ao nível dos rivais mais directos.

Em percurso misto não foi fácil manter os gastos abaixo dos sete litros por cada 100 quilómetros, e essa missão tornou-se praticamente impossível numa condução mais urbana.

É aqui que se percebe a falta que faz o apoio motriz eléctrico para conseguir números mais positivos num carro que pesa apenas 1.500 quilos em vazio.

Apreçado por 35.180 euros, percebe-se neste Hyundai Tucson uma relação muito positiva entre preço e qualidade face à boa construção e aos conteúdos tecnológicos que comporta.

Todos os preços da gama

Proposto apenas nos acabamentos Premium e Vanguard, a versão 1.6 T-GDi de 160 cv ensaiada pelo Aquela Máquina dá entrada à gama a partir dos 35.180 euros já referidos.

Num patamar acima, a partir de 45.500 euros, está a variante totalmente híbrida de 215 cv debitados pelo mesmo motor térmico, apoiado num propulsor eléctrico de 65 cv e numa caixa automática de sete relações.

Já a variante híbrida plug-in, a começar nos 48.900 euros, combina o mesmo bloco 1.6 T-GDi a um motor eléctrico de 98 cv para uns combinados 252 cv e 367 Nm.

Alinhada com uma transmissão automática de seis velocidades, a bateria de 13,8 kWh brutos oferece uma autonomia ligeiramente acima dos 70 quilómetros, sendo recarregável em corrente alternada até 11 kW.

Nesta listagem não estão cotados os valores das versões micro híbridas de 48 volts a gasolina, nem as suas congéneres a gasóleo, que apenas estarão disponíveis no primeiro trimestre de 2025.

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