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O início do Mundial de F1 de 2017 ainda vem muito longe, lá para a terceira semana de Março, mas entre as muitas novidades que sugerem algo ‘revolucionário’ por comparação a este ano há uma que está confirmada. O campeão de 2016 abdica da defesa do título e coloca ponto final na carreira.
O anúncio de Nico Rosberg, surpreendente, consegue até inspirar piadolas baratas do género de comparar o alemão àquele jogador de poker que leva o pote depois de ‘all-in’ e sai imediatamente da mesa dizendo que já tinha coisas combinadas, mas a verdade é que os juízos críticos, sejam eles o que forem, têm pouco ou nenhum valor.
As explicações para a decisão podem parecer ingénuas, mas são apenas definitivas. Rosberg esteve 11 anos na Fórmula 1, ganhou 23 das 206 corridas em que participou e veio dizer-nos que não está disponível para voltar a entregar-se de corpo e alma à competição. "Depois de Austin [quando perdeu o campeonato de 2015 para Hamilton] não deixei uma pedra por levantar, forcei como um louco e em todas as direcções." O nível de compromisso foi tão elevado que o título, sonhado na infância, funcionou como válvula de escape. Em síntese, qualquer coisa do género: ’já está!, agora quero uma vida normal’, sem viagens, sem briefings, sem testes, engenheiros, tempos por volta, enfim, tudo o que só um piloto de Fórmula 1 precisa de fazer. Mais ainda se estiver numa equipa que é melhor do que as outras e ganha 19 corridas em 21.
Mas e a competição, a adrenalina, o prazer de pilotar, onde ficam? Rosberg tem uma resposta: "Sou um lutador e quero ganhar. [Mas] não estou interessado em fazê-lo outra vez, não quero fazê-lo outra vez." De pouco importa agora discutir os méritos de um campeonato ganho sem especial brilho, mas com eficácia e frieza genuinamente alemãs. Seria apenas mais um juízo crítico a juntar aos outros sobre personalidade, motivações ou falta delas. E o melhor é ficarmos pelos factos. Pelo facto: o campeão desistiu.
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