A corrida do próximo domingo em Montreal pode trazer algumas respostas para as inúmeras dúvidas que têm acompanhado este primeiro terço do Mundial de Fórmula 1. Os mais atentos ao campeonato querem saber, por exemplo, como vai a Red Bull reagir ao erro que determinou o 2.º lugar de Daniel Ricciardo no Mónaco. Haverá igualmente quem esteja disponível para dar atenção à Ferrari, que continua muito aquém das promessas e, já agora, das expectativas internas. Isto, claro, sem esquecer que o GP Canadá vai determinar se Lewis Hamilton está no caminho certo para a aproximação a Nico Rosberg, ou se a equipa Mercedes resolveu as aparentes dificuldades que têm incomodado o alemão.

Ainda assim, talvez exista um mistério maior por desvendar (pelo menos em parte) no circuito canadiano: Daniil Kvyat. O jovem piloto da Toro Rosso já sabe que tem de baixar três lugares na grelha de partida, reflexo do incidente que protagonizou em Monte Carlo, mas essa penalização é apenas o mais recente instantâneo da viagem pela montanha russa (literalmente…) em que parece transformada a carreira de Kvyat.

Depois dos acidentes e da despromoção à Toro Rosso; depois de ver o substituto ganhar na estreia, nada pior do que enfrentar problemas mecânicos no Mónaco e reagir à adversidade com outro acidente, eliminando-se e provocando a desistência de Kevin Magnussen. Os tempos não estão fáceis para Kvyat e o mistério passa muito por saber o que aconteceu ao russo.

Deixou de ter as qualidades que encantaram o sr. Marko em 2013? A sucessão de erros e consequente saída da Red Bull para a Toro Rosso são apenas uma espécie de maré negra? Ou esses mesmos erros levaram Kvyat a um estilo onde a agressividade em pista acrescenta… mais erros? À falta de Sherlock Holmes, talvez o circuito Gilles Villeneuve possa ajudar a responder.