O nosso website armazena cookies no seu equipamento que são utilizados para assegurar funcionalidades que lhe permitem uma melhor experiência de navegação e utilização. Ao prosseguir com a navegação está a consentir a sua utilização. Para saber mais sobre cookies ou para os desativar consulte a Política de Cookies Medialivre.
Apresentado o novo BMW 5, já deu para perceber que, apesar das novidades (reivindicadas) ao nível do conteúdo, pouco ou nada se altera ao nível da forma.
É mais uma constatação do que uma surpresa. Não esperávamos que uma marca que tem neste modelo uma fonte de rendimentos importante assumisse qualquer tipo de riscos.
A opção pela evolução na continuidade não deixa nenhum decisor em perigo: é o seu "colete salva-vidas". O que a BMW fez é exactamente o que foi feito pela Audi com o A4 ou com novo Q5, e isso dá para perceber que no dias de hoje a "embalagem" perdeu peso face ao conteúdo, por mais apelativo que ele seja.
Como não acreditamos que a criatividade dos designers tenha entrado em greve, só podemos concluir que a responsabilidade passa pela cobardia dos departamentos de marketing para quem uma imagem que vende não pode ser alterada e deve ser aproveitada até à exaustão, mesmo que na rua seja difícil identificar o "novo" face ao velho.
É pena que a indústria automóvel adopte os mesmos caminhos que foram seguidos pela relojoaria, onde um velho Rolex é igual ao novo Rolex, já que toda a gente os continua a comprar e os velhos continuam a ser vendidos por bom preço.
Podemos admitir evoluções pouco radicais na forma como as assumidas no Porsche 911, ou mesmo o que aconteceu com as gerações do VW Golf, porque todas as regras têm excepções, mas temos saudades da irreverência de designers como Chris Bangle, um homem que revolucionou a forma dos BMW, sem medo de correr todos os riscos.
Há cerca de uma década (não me lembro bem...), "meteu a pata na poça" com um BMW Série 5 que assustou meio mundo, apesar das soluções da forma (então) bizarra da tampa da bagageira ser hoje aceites como uma ideia brilhante e sobejamente copiada.
Quem vê à frente do seu tempo corre este tipo de riscos, mas os burocratas do presente estão livres deste tipo de problemas. Quem faz tudo "by the book" tem o futuro garantido na empresa onde trabalha, apesar de cair no esquecimento quando o futuro chegar.
É por isso que ninguém está interessado em saber quem desenhou o "novo" BMW Serie 5, mesmo que tenha grande curiosidade sobre o seu conteúdo mecânico e tecnológico. E é aí que o novo BMW faz a diferença. Valha-nos isso...
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login. Caso não esteja registado no site de Aquela Máquina, efectue o seu registo gratuito.