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Um estudo recentemente divulgado e realizado a nível europeu concluiu que "4 em cada 10 condutores de veículos com serviços de conectividade desconhecem todas as funcionalidades do seu carro".
Para começar, e ao contrário do que o estudo apontava, tenho de reconhecer que os vendedores e concessionários estão a fazer excelente trabalho porque é fantástico que 60% dos utilizadores daqueles automóveis conheçam a imensidão de funcionalidades que lhes são oferecidas – é a conclusão… lida ao contrário. E atendendo a que, por força da crise económica, a média etária de quem compra automóvel novo subiu, aquele dado torna-se ainda mais curioso…
Mas a questão central dos serviços de conectividade dentro do automóvel é se, de facto, precisamos de conhecer tudo aquilo que, actualmente, as marcas nos "embrulham" dentro dos caros que nos vendem. Há coisas sem as quais já não conseguimos passar, como um sistema de navegação. Outras de utilidade indiscutível para a nossa segurança, como as chamadas de emergência com função automática que liga por si só, em caso de acidente.
E ainda as que nos podem facilitar a vida como se fôssemos "lordes", como os serviços de "concierge" que algumas marcas propõem – e por verbas anuais surpreendentemente baixas! –, de ter um assistente que nos pode aconselhar um restaurante ou hotel em determinada zona que não conheçamos, fazendo até a reserva, entre outros.
Mas os "marketeers" são imparáveis quando começam a "dourar a pílula" e, por vezes, invadem zonas mais delicadas… Há já uns anos que se lhes meteu na cabeça (por ser fortíssimo argumento de vendas!) que tinham de encaixar os nossos smartphones e tablets dentro do automóvel, com todas as suas aplicações disponíveis à distância de um dedo, mesmo que estejamos a conduzir! Enquanto, de um lado, há campanhas a alertar para o perigo de falar ao telemóvel ou escrever SMS enquanto se conduz, do outro carregam a consola central dos nosso carros com uma miríade de aplicações para "brincarmos"…
Ainda recentemente pude guiar um modelo topo de gama e, numa autoestrada, com o "cruise control" activo ligado – aquele que vai medindo e mantendo constante a distância para o carro da frente – conectei-me à Internet e fui a ler as últimas da política, economia e desporto de uma agência noticiosa, no ecrã da consola central, entre muitas outras hipóteses de entretenimento. E a sensação foi de tudo menos de ter estado a conduzir de forma segura!
Não tenhamos dúvidas de que as marcas irão encher os seus automóveis de mais e mais tecnologia, em especial de mais e mais "gadgets" porque este é um poderoso argumento de vendas. Cabe-nos a nós, condutores/consumidores, separar o trigo do joio e decidir o que nos é realmente útil ou o que só lá está para ser usado quando estamos parados no carro à espera daquele amigo que se atrasou… Ou até, colocar-nos naqueles 40% que não conhecem todas as funcionalidades que nos puseram à mão de semear. Porque há algumas que, de facto, não servem para nada.
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