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Não tenho nada contra as bicicletas nem contra quem as utiliza como meio de transporte preferido, seja para lazer seja para as suas deslocações diárias para o trabalho.
Ao longo da minha vida houve fases em que também eu tive algumas bicicletas. Mas lembro-me que as que circulavam na via pública tinham de ter placa camarária e era preciso uma licença para as guiar.
Com o avançar da idade, perdi o hábito da bicicleta e mesmo a que comprei para pedalar em casa, para ‘manter o físico’, está imobilizada há alguns anos na casa de banho. Serve de cabide. Culpa minha! Quando olho para ela concluo que foi um mau investimento.
Nos dias de hoje, no entanto, as bicicletas e os ciclistas ganharam nova vida e até já têm uma lei que regulamenta a sua utilização. No entanto, não precisam de placa camarária, nem os utilizadores de licença para guiar. Nem sequer de seguro! Têm vias próprias nas cidades e fora delas, mas circulam aos milhares por onde bem lhes apetece desrespeitando interdições e a semaforização.
Em contrapartida, os restantes utentes das estradas são obrigados a cumprir o Código da Estrada e ter todas as cautelas – e bem -, quando se aproximam dos ciclistas ou quando pretendem ultrapassá-los. Param ao vermelho dos semáforos e se infringem o Código perdem uns pontos e euros na carteira.
Como se isso não bastasse, na eventualidade de qualquer acidente, o automobilista dificilmente pode justificar que não teve culpa, até porque, convenhamos, é sempre mais fácil e vantajoso culpar o condutor de um veículo com seguro – obrigatório por lei -, pelo que aconteceu do que um ciclista sem nada na manga.
A situação não é um exclusivo nosso. Em outros países, acontece mais ou menos o mesmo, mas a tendência tem sido para mudar devido ao aumento do número de acidentes envolvendo bicicletas e automobilistas.
Na Bélgica, por exemplo, a partir de 1 de Outubro deste ano, todos os condutores de bicicletas, para já só as com apoio eléctrico, cuja velocidade possa atingir os 45km/h (!!!), têm obrigatoriamente de ter placa de matrícula e seguro. E os condutores devem realizar com êxito provas teórica e prática de habilitação. São também obrigados a usar capacete de protecção na cabeça.
O governo belga está a estudar o alargamento desta medida a todos os velocípedes que circulem na estrada. Por cá, vamos ver quanto tempo os legisladores vão demorar a pôr os ciclistas na linha.
Creio que se pensarem primeiro nas receitas das taxas é capaz de ser rápido, caso contrário vamos certamente pelas exigências dos responsáveis europeus, se é que estão para aí virados!
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