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Vários países do norte da Europa anunciaram, recentemente, a intenção de banir das suas concessões a venda de novos veículos ligeiros de passageiros com motor puramente térmico, a partir de 2030. A Noruega e a Holanda são dois desses países. O ambicioso plano holandês e o norueguês visa, para já, reduzir de forma drástica as emissões de CO2 até 90 por cento.
Agora, foi a vez de a Alemanha anunciar também que está a reflectir, por enquanto a nível federal, a proibição da venda de veículos novos como motor térmico, a partir de 2030. O governo alemão quer reduzir as emissões poluentes em 90 por cento em relação aos números de 1990, mas a meta é, ligeiramente, mais distante: 2050. E compreende-se porquê.
País construtor automóvel entre os maiores do mundo, a Alemanha precisa de muito mais tempo para atingir os seus objectivos, sobretudo quando as alternativas eléctricas, híbridas, a pilha de combustível ou de qualquer outro tipo de propulsão, são ainda insuficientes e demasiado dispendiosas para preencher o espaço dos veículos com motor térmico.
Em favor de um mundo mais respirável e da urgente necessidade de redução dos efeitos de estufa, cujos efeitos nefastos são sobejamente conhecidos, afectando no dia-a-dia a vida do planeta, temos de acreditar que será possível, no futuro, dar um sério 'golpe' nas emissões poluentes. Mas que isso aconteça já nos próximos catorze anos parece-me perfeitamente ilusório, quando, por exemplo, nos catálogos da generalidade das marcas alemãs continua a predominar a oferta de motores térmicos e de altas cilindradas. A oferta eléctrica é praticamente inexistente.
A pôr-se um fim nos Diesel e afins (térmicos), precisamos também de saber o que vai acontecer aos milhões de pessoas que trabalham na indústria automóvel e que poderão ser atiradas de um dia para o outro para o desemprego. Que mudanças, pois, na indústria automóvel e nas muitas centenas de outras unidades fabris que dela dependem; mas também em outros sectores fundamentais para a vida das pessoas como os transportes e a agricultura.
Por último, mas não menos importante, é conveniente conhecer o que vai acontecer com as baterias que armazenam a energia para os motores eléctricos quando as mesmas atingirem o fim de vida. Sabendo-se da sua toxicidade, o que vai ou está a ser feito para o seu tratamento? É que substituir emissões poluentes por lixo tóxico, dito desta forma, não é solução para ninguém.
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