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Conduzir um automóvel com dois auriculares nos ouvidos (a lei admite o uso de apenas um), ou qualquer outro tipo de aparelho radiofónico é proibido por lei, porque são equipamentos susceptíveis de prejudicar a condução. Ao utilizá-los, o condutor deixa de dedicar a sua audição a 100 por cento à condução e à estrada.
Com os auriculares nos ouvidos, para além da multa a que está sujeito, o condutor não ouve, por exemplo, os alertas sonoros de outros condutores. E o acidente pode acontecer. Por isso mesmo, é proibido também utilizar o telemóvel ao volante. Para falar ou enviar mensagens.
Segundo as estatísticas oficiais, a troca de mensagens multiplica por 23 o risco de acidentes aos condutores e a conversa enquanto se está ao volante reduz em muito a concentração.
Por isso mesmo, alguns dos novos sistemas de ajuda ao condutor disponíveis nos veículos mais modernos só podem ser utilizados com o veículo parado. Em andamento, não há acessos a vídeos no sistema multimédia ou ao estabelecimento de conexão com telemóveis ou outros equipamentos do mesmo género.
Tudo o que seja possível fazer para reduzir os acidentes é louvável.
Acontece, no entanto, que enquanto muitos de nós se preocupa com este tipo de situações ao volante, peões e ciclistas, por exemplo, em muitos casos, estão-se pura e simplesmente borrifando para a sua própria segurança.
Quantos de nós não se cruzou já nos dias de hoje com peões a atravessar passadeiras de auriculares no ouvido ou a falar ao telemóvel, sem sequer olharem para os veículos que se aproximam ou circulam na mesma artéria.
Música nos ouvidos enquanto pedalam por entre o trânsito é igualmente uma atitude frequente de muitos ciclistas, como se os cuidados devessem estar unicamente do lado dos condutores dos veículos motorizados.
Não é verdade. Peões e ciclistas têm também a obrigação de se proteger e de evitar também os acidentes. Ainda por cima eles são quase sempre a parte mais fraca.
O ano passado, 25 por cento dos acidentes ocorridos nas estradas nacionais foram consequência de atropelamento. E, curiosamente, 70 por cento dos peões atropelados usava roupa escura, o que contribui para o aumento do perigo. Quantos deles estavam ao telemóvel ou a ouvir música através dos auriculares, as estatísticas ainda não indicam, mas certamente seriam muitos.
Nas passagens das linhas férreas existe um sinal que alerta para o perigo que os comboios representam. E recomenda ‘Pare, escute e olhe’ antes de atravessar.
Assim devia ser também nas passadeiras de peões nas zonas urbanas. Pelo menos enquanto o legislador não for mais rigoroso com estes pequenos grandes detalhes, que vão contribuindo para o aumento da sinistralidade rodoviária.
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